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Estudo questiona método de ensino adotado pelo MEC

Compartilhe essa notícia! | Data : terça-feira, junho 28, 2011 | Series :
Crianças surdas que estudam por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras), em meio a professores e colegas que também usam o código, aprendem a ler e a escrever mais cedo e de forma mais consistente do que outras que também apresentam a deficiência, mas são inseridas em salas de aula regulares. Esse é um dos resultados da pesquisa do professor Fernando Capovilla, da Universidade de São Paulo (USP).
"A primeira língua do surdo é a Libras. Colocar uma criança de 5 anos dentro de uma sala de ouvintes é como botá-la numa escola chinesa", diz Capovilla. Desde 2001, ele avaliou 9.200 alunos surdos e com dificuldades auditivas com idade entre 6 e 25 anos. Eles estavam matriculados em cursos que iam do início do ciclo fundamental ao final do superior.
Os resultados do levantamento estão em concordância com o que defende a Federação Nacional de Integração e Educação dos Surdos (Feneis). A organização é contra a política de inclusão do Ministério da Educação (MEC), que prevê que esses estudantes frequentem aulas regulares, com a presença de intérprete e, no contraturno, recebam atendimento especializado.
"Estamos lutando para que a educação de surdos seja colocada no mesmo patamar da indígena, isto é, que os surdos não sejam enquadrados na categoria da educação especial, e sim na educação bilíngue. Libras como primeira língua e português, como segunda", afirma Patrícia Rezende, diretora de Políticas Educacionais da Feneis.

Fonte: REVISTA VEJA - EDUCAÇÃO

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