Nesta
quinta-feira (10), a Prefeitura de São Paulo dá mais um passo
importante no sentido de fazer da escola um lugar onde todos possam
aprender bem, independente de suas necessidades educacionais. Hoje, será
assinado um decreto que institui as Escolas Municipais de Educação Bilíngue para Surdos (EMEBS) na
capital paulista, transformando as seis escolas de Educação Especial
(EMEE) em espaços onde a Língua Brasileira de Sinais (Libras) será a
primeira língua, oferecendo aos surdos toda a estrutura necessária para
que eles possam ter acesso a todo conteúdo de forma adequada, e possam
vivenciar plenamente a cultura surda.
Criado
em 2005, o Festival tem por objetivo promover a integração e o
intercâmbio entre alunos surdos. E, desse modo, pretende ampliar as
oportunidades de socialização, aquisição de hábitos saudáveis,
treinamento e utilização das regras esportivas. Além de difundir a
prática das várias modalidades esportivas, favorecendo o surgimento de
novos talentos do esporte e da cultura surda, a vivência no uso de
LIBRAS é outro ponto importante do Festival. Este ano, o evento conta
com mais de 2 mil participantes.
Fonte: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO
A
língua de sinais é a base da constituição dos sujeitos surdos e, ao ser
assumida nos espaços educacionais para a instrução e comunicação, o
desenvolvimento e desempenho dos alunos são significativamente melhores.
Pensando nisso, a Secretaria Municipal de Educação começou a planejar
em 2007 a reestruturação das EMEEs, tendo como foco a organização
curricular na perspectiva bilíngue, com produção de material pedagógico
específico – entre eles as Orientações Curriculares e Expectativas de
Aprendizagem em Libras e em Língua Portuguesa para Pessoa Surda –,
formação dos profissionais e definição de novos critérios de avaliação.
As
novas Escolas Bilíngues contarão com professores especialistas – cerca
de 100 profissionais já participaram de curso de pós-graduação com
ênfase em surdez, e outros 150 iniciarão sua formação ainda este ano –,
Instrutores de Libras que ensinarão a língua de sinais para alunos,
professores, pais e comunidade, e Intérpretes e Guia Intérpretes de
Libras que mediarão a comunicação. Além disso, como a Educação Bilíngüe é
baseada também na Pedagogia Visual, a Secretaria investe na aquisição
de recursos que favorecem a ‘visualidade’ das atividades, como câmeras
de filmagem e aparelhos multimídia e de projeção.
Dos
mais de16 mil alunos matriculados na Rede Municipal de Ensino de São
Paulo que apresentam necessidades educacionais especiais (NEE), quase
1,3 mil estão matriculados nas escolas que passam a ser bilíngues, entre
eles crianças, adolescentes, jovens e adultos com surdez, surdez com
outras deficiências associadas e surdocegueira. A opção pelo tipo de
atendimento continua sendo da família, que poderá matricular o aluno em
uma Escola Bilíngue, em uma Escola-Pólo – que é uma escola regular,
inclusiva bilíngüe, que contará com a mesma estrutura para o atendimento
ao surdo, e continuará atendendo também alunos ouvintes – ou em uma
escola regular.
Programa Inclui - A mudança faz parte das ações do programa Inclui,
o maior e mais completo programa de inclusão nas escolas que foi
lançado pela Secretaria Municipal de Educação em setembro de 2010, com o
objetivo tornar as escolas municipais da capital paulista cada vez mais
adaptadas e acolhedoras. Educadores passam por formação constante;
estudantes de Pedagogia apóiam os professores em sala de aula; 500
Auxiliares de Vida Escolar (AVEs) acompanham alunos com deficiências
severas e que não têm autonomia para alimentar-se, fazer a própria
higiene e locomover-se; mobiliários e equipamentos específicos para
atender as necessidades dos alunos. O TEG Acessível também foi ampliado e
hoje conta com cerca de 190 veículos adaptados circulando pela capital.
Outra
novidade é a ampliação do apoio pedagógico especializado. Serão criadas
pelo menos mais 57 novas Salas de Apoio e Acompanhamento à Inclusão
(SAAIs) nas escolas regulares, além das 343 já existentes. É preciso
também garantir acessibilidade ao currículo. Hoje já existem diversos
materiais próprios para alunos com deficiências. Os novos Cadernos de
Apoio e Aprendizagem, distribuídos aos estudantes e professores da rede
em março deste ano, também serão entregues na versão Braile aos alunos
cegos. Os livros, que são distribuídos pelo Minha Biblioteca –
programa que entrega aos estudantes dois títulos a cada ano para que ele
forme uma biblioteca pessoal – também têm versões em Braile, áudio e em
formato digital.
Festival de surdos – A assinatura do Decreto será feita durante o penúltimo dia do VI Festival Esportivo e Cultural de Alunos Surdos,
que reúne estudantes da rede municipal de SP e de escolas e
instituições públicas e privadas da Capital e de outros municípios da
Grande São Paulo. O evento começou no dia 29 de setembro e promove
atividades recreativas, oficinas e competições de xadrez, handebol,
futsal e atletismo até dia 11. Nesta quinta-feira, os participantes
também assistirão ao espetáculo de mímica O X da Questão, com os atores Alberto Gaus e Vanderli Santos.
Fonte: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO
1 comentários:
Tulis comentáriosParabéns aos paulistanos!!!! Que conquista!!!! Falta acontecer no Rio. estamos na torcida e na luta.
ReplyVerônica Lima
Pedagoga e Interprete de Libras.