No domingo (13), na programação da tenda Sherazade, um grupo de
professoras em biblioteca de Rede Pública da cidade de Caruaru, realizou
um espetáculo de contação de histórias infantis de forma diferente. A
narração de livros na Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi feita por
meio de Fabiana Feitosa, Rosineide Santos Mota e Cícera Maria,
apresentando ao público da Fliporto Criança, uma maneira alternativa de
estabelecer comunicação, portanto, como forma de inclusão social.
No início da palestra, Fabiana ensinou aos espectadores gestos e
formas que traduziam os desejos e indagações dos surdos. Em seguida, a
tradução de livros infantis em Libras foi incrementada pela mostra de
objetos com cores e formas que faziam menção ao texto originalmente
produzido em papel. Interessados, pais e filhos; deficientes e não,
olhavam atentamente para a palestrante. O que comprovou que a tradução
de livros infantis para a linguagem usada pelos deficientes auditivos é
uma atividade de inclusão social e fomento da literatura. Que pode ser
apreciada de forma ampla, de modo que toda a sociedade esteja tocada
pela beleza e sentimentalismo da leitura.
A professora Rosineide Santos, comenta que a elaboração de uma
dinâmica de difusão da comunicação a todos os públicos é de extremo
valor para a formação de uma sociedade igualitária. “Unir os públicos
através de histórias é uma maneira de promover o conhecimento. E, dar
aos deficientes auditivos esta possibilidade, é, sem dúvida, a melhor
forma de complementar o círculo do conhecimento.”
A palestra foi assistida por pais e filhos; crianças ouvintes e não
ouvintes; deficientes e não deficientes. E comprovou que a Fliporto 2011
buscou na literatura o mote para fazer das diferenças o gancho para a
socialização. A acessibilidade é um dos pilares da organização da Festa
Literária, que procurou adaptar todos os espaços com acessos a pessoas
portadoras de deficiência.
Por: Brenda Coelho
Fonte: FLIPORTO