A ameaça de fechamento das escolas de surdos e o atual modelo de
educação inclusiva imposto pelo MEC têm mobilizado toda a comunidade
surda brasileira em ações públicas e políticas. Durante todo o mês de
setembro serão realizados eventos de pressão política e de valorização
das línguas de sinais e da cultura surda em todo país com o objetivo de
sensibilizar as autoridades políticas e a sociedade para a importância
da educação em língua de sinais para surdos. A mobilização nacional
recebeu o nome de Setembro Azul, já que azul é o símbolo dos surdos.
A
principal luta dos surdos é modificar as emendas do Plano Nacional de
Educação que prevêem o fim das escolas de surdos e que determinam a
inserção obrigatória nas escolas regulares. O documento tramita
atualmente no congresso nacional, e deve reger a educação brasileira
pelos próximos dez anos. Vários atos públicos já foram realizados. O
principal deles foi em Brasília, em maio, e reuniu cerca de 4 mil
pessoas.
Em pesquisa realizada com 9200 mil alunos surdos em todo o país, o pesquisador Fernando Capovilla, da Universidade de São Paulo, demonstrou que surdos aprendem mais e melhor nas escolas bilíngues, onde o ensino é todo feito por meio da língua de sinais e o português escrito é ensinado como segunda língua. Ou seja, para os surdos, o fato de todos estarem na escola não significa que todos serão, efetivamente, incluídos.
O que se vê, na escola proposta pelo MEC, é a inserção de crianças surdas, em geral, sem contato prévio com nenhuma língua, nem português nem Libras, em salas onde o meio de instrução é o português. A presença do intérprete de Libras (nos poucos casos onde ele é contratado) é necessária, mas não suficiente. A interação das crianças fica restrita ao ele ou, no máximo, ao professor de Libras que atua no Atendimento Educacional Especializado (AEE), realizado fora do horário da aula. O atraso escolar é uma realidade nesses casos pois as oportunidades de aprendizado ficam restritas.
Várias entidades e grupos sociais estão envolvidos na organização do Setembro Azul, liderada pela Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis).
Setembro Azul
Dia 09, 12 e 16 de setembro– Seminários Estaduais em Defesa das Escolas Bilingues para Surdos no PNE nas Assembleias Legislativas Estaduais, e em outros espaços públicos com o objetivo de apresentar as sugestões de emendas feitas para o Plano Nacional de Educação em relação à educação de surdos. Voltado para parlamentares (deputados e vereadores), promotores, secretários e gestores em educação.
Dia 10 de setembro – Dia Mundial de Valorização das Línguas de Sinais – manifestações públicas durante todo o dia em todo o mundo.
Dia 26 de setembro – Dia Nacional dos Surdos – atividades sociais e culturais em todo o país, bem como apresentar carta-denúncia contra MEC em Ministérios Públicos Federais em todo o país.
FEDERAÇÃO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS SURDOS
Por: Patrícia Luíza Ferreira Rezende
Ver mais: SETEMBRO AZUL
Em pesquisa realizada com 9200 mil alunos surdos em todo o país, o pesquisador Fernando Capovilla, da Universidade de São Paulo, demonstrou que surdos aprendem mais e melhor nas escolas bilíngues, onde o ensino é todo feito por meio da língua de sinais e o português escrito é ensinado como segunda língua. Ou seja, para os surdos, o fato de todos estarem na escola não significa que todos serão, efetivamente, incluídos.
O que se vê, na escola proposta pelo MEC, é a inserção de crianças surdas, em geral, sem contato prévio com nenhuma língua, nem português nem Libras, em salas onde o meio de instrução é o português. A presença do intérprete de Libras (nos poucos casos onde ele é contratado) é necessária, mas não suficiente. A interação das crianças fica restrita ao ele ou, no máximo, ao professor de Libras que atua no Atendimento Educacional Especializado (AEE), realizado fora do horário da aula. O atraso escolar é uma realidade nesses casos pois as oportunidades de aprendizado ficam restritas.
Várias entidades e grupos sociais estão envolvidos na organização do Setembro Azul, liderada pela Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis).
Setembro Azul
Dia 09, 12 e 16 de setembro– Seminários Estaduais em Defesa das Escolas Bilingues para Surdos no PNE nas Assembleias Legislativas Estaduais, e em outros espaços públicos com o objetivo de apresentar as sugestões de emendas feitas para o Plano Nacional de Educação em relação à educação de surdos. Voltado para parlamentares (deputados e vereadores), promotores, secretários e gestores em educação.
Dia 10 de setembro – Dia Mundial de Valorização das Línguas de Sinais – manifestações públicas durante todo o dia em todo o mundo.
Dia 26 de setembro – Dia Nacional dos Surdos – atividades sociais e culturais em todo o país, bem como apresentar carta-denúncia contra MEC em Ministérios Públicos Federais em todo o país.
FEDERAÇÃO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS SURDOS
Por: Patrícia Luíza Ferreira Rezende
Ver mais: SETEMBRO AZUL