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Emiliano Aquino e Tereza Mantoan e suas opiniões sobre Inclusão e Cultura Surda

Compartilhe essa notícia! | Data : terça-feira, maio 24, 2011 | Series :


Nos noticiários a principal manchete dos ultimos dias, nos que diz respeito a surdez, aconteceu nos dias 19 e 20/05 em Brasília, uma marcha dos Surdos na Esplanada dos Ministérios, que terminou em frente ao Congresso. Eles pediram, entre outras demandas, a garantia de que as pessoas surdas tenham acesso ao ensino bilíngue.  
Apesar da passeata em si ter terminado, o trabalho continua com mobilizações para emendas ao PNE, portaria para implementação da política de educação bilíngue para surdos no país, entre outros. A luta continua como diz Patrícia Rezende, Doutora Surda da UFSC. Bem, em meio a esse processo todo, ocorrem debates e conflitos de opiniões na internet, dentre os quais se destacam cartas enfáticas e diretas de TEREZA MANTOAN e um pai de aluno surdo EMILIANO DE AQUINO. Veja as cartas envolvidas nesse debate e tire suas opiniões.


CARTA DE EMILIANO A MANTOAN: 

"Sou pai de surdo e li atentamente seu email em que pede adesão pública a um abaixo-
assinado on line pelo respeito à Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CPPD).
Concordo inteiramente com o que está escrito na Petição, e até mesmo com a convenção
inteira, incluindo outras partes dela que a senhora não citou (como o Art. 30), talvez por não
achar nesse momento que elas sejam assim tão importantes, embora eu não deva achar, por
isso, que a senhora delas discorde ou que as desconheça. Pelo seu currículo Lattes, sei que a
senhora nunca estudou sobre a cultura surda e a educação surda; contudo, já que a senhora
reivindica a CPPD e a legislação presente em nosso país, sou levado a crer que, assim como eu
e outros pais de surdos, também discorda da Diretora de Políticas Especiais da Secretaria de
Educação Especial do MEC, quando ela afirmou não haver cultura surda. "


Ver completo: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0B3EqmmOVBr4jMjc0OWJjNDctOGJlMi00MWQ3LTlhNzctOWZlYTdhZDM0M2Jl&hl=en_US

RESPOSTA DE MANTOAN

 "Entendo que os surdos lutem por uma educação bilíngue, mas esta é uma das metas da
inclusão escolar: educação bilíngue, mas na escola de todos, pois é nessa escola em que ela se
manifesta como necessária e pode, portanto ser, devidamente praticada. Os surdos
despertaram para o bilinguismo só agora, com o advento da inclusão? Não estariam mais uma
vez desinformados e lutando por uma escola bilíngue, que já está contida na plataforma de
mudanças da inclusão. Por que não lutam direta e abertamente contra a inclusão ? Estão
usando uma inverdade como estratégia. Ela até pode enganar alguns, os que ainda enxergam
nas pessoas com surdez, os sofridos, os coitados, como eles próprios apregoam, chutados da
escola, enfim, destituídos de sua língua. Quem está lhes infundindo nas pessoas surdas e na
opinião pública essas idéias? Com que intenção?"

Ver completo: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0B3EqmmOVBr4jNmM5Yzc1NzYtNzJkNS00Y2JkLTk0OWEtNjNjNzM1NGM2NTBh&hl=en_US

RESPOSTA DE EMILIANO:

"Com muito preconceito e arrogância, a senhora diz desconfiar que os surdos “estariam mais
uma vez desinformados”. Mais uma vez? Por que “mais uma vez”? Será por isso que acha que
pode decidir sobre eles à sua revelia? A senhora acha mesmo que os surdos estão sempre mal-
informados? Eles não podem mesmo decidir sobre que educação querem? A senhora diz que
“a falta de informação sobre o que a educação inclusiva oferece e preconiza faz com que as
pessoas surdas e seus defensores preguem algo que já está disponível, mas que não podem ou
não querem ver. Os motivos? Não sei”. Quem disse para a senhora que há falta de
informação? A senhora sabe que não; sabe que, por exemplo, as companheiras Patrícia
Rezende, Karin Strobel, Mariana Hora e outros tantos – com quem, aliás, deveria se orientar –
bem conhecem os documentos da Secretaria de Educação Especial do MEC! Por que
maldosamente a senhora insiste em dizer que os surdos são mal informados? No parágrafo
seguinte pergunta novamente: “Quem está lhes infundindo nas pessoas surdas e na opinião
pública essas ideias? Com que intenção?”. A senhora acha que os surdos não são capazes de
pensar por si sós, sendo então que há pessoas “infundindo” neles essas perigosas ideias? "



Ver completo: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0B3EqmmOVBr4jNGUxYzBiM2YtMjhiYi00MDYzLWI4YWEtYTRiNzZlMTU3NjJm&hl=en_US


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